Eleições italianas: quais são os principais partidos e lideranças políticas

Em 25 de setembro de 2022, os italianos escolherão um novo Parlamento que definirá o novo Primeiro-Ministro. O modelo político italiano tem similaridades e diferenças com relação ao brasileiro, e para ajudar você a entender melhor os grupos políticos, trazemos ao blog um conteúdo em português extraído da rede social de notícias italiana Factanza. Não sabe em quem votar? Siga a leitura para conhecer os partidos e coligações italianas.

Antes de falarmos sobre os grupos políticos, trazemos algumas noções sobre a organização político-eleitoral italiana.

Lei Rosatellum

A razão legislativa pela qual existem alianças políticas e não partidos individuais é explicada pelo Rosatellum (lei n.165 do dia 3 de novembro de 2017) segundo o qual se prevê um sistema parlamentar misto: os assentos são atribuídos por maioria e proporcionalidade.

• Maioria: dos 600 assentos (400 Câmara + 200 Senado): 1/3 é atribuído com collegi uninominali onde cada partido indica um candidato para votar;

• Proporcionalidade: cada partido ganha o número de cadeiras proporcional ao número de votos obtidos no total. No entanto, são os partidos que decidem quem será eleito (listino bloccato). Exemplo: se um partido obtiver 10% do total de votos, terá 10% das cadeiras disponíveis no parlamento.

Soglia di sbarramento: número mínimo de votos que um partido ou aliança deve obter para chegar ao Parlamento. Para partidos é de 3%, enquanto para coligações é de 10%

Partido e alianças atuais

Sinistra = Esquerda

Destra = Direita

Extraído de @Factanza

Coligações italianas, partidos e líderes de partidos.

Centro-esquerda	Terceiro polo	Centro-direita	Frente soberana, anti-vacina e anti-green pass.
Sinistra italiana - Nicola Frantoianni	Italia viva - Matteo Renzi	Fratelli d'Italia -Giorgia Meloni	ItalExit - Gianluigi Paragone
Verdi - Angelo Bonelli	Azione - Carlo Calenda	Lega per Salvini premier - Matteo Salvini	Alternativa - Pino Cabras
Impegno Civico - Luigi di Maio	Movimento 5 stelle - Giuseppe Conte	Forza Italia - Silvio Berlusconi	Italia sovrana e popolare - Marco Rizzo
PD (Partito Democratico) - Enrico Letta		Unione di Centro - Coraggio Italia - Lorenzo Cesa e Luigi Brugnaro	Alternativa per l'Italia - Mario Adinolfi
+Europa - Emma Bonino		Noi con l'Italia - L'Italia al centro - Maurizio Lupi e Giovanni Toti

Partidos e orientações

Partidos com a maioria dos votos estimados

1. Partido Democrático (PD): De Centro-esquerda, fundado no ano 2007, com orientamento socialdemocratico progressista. As temáticas mais importantes para este partido são:

• posição progressista sobre direitos civis

• reforçamento de estruturas de tutela a vítimas de violência de genero

• paridade salarial entre homem e mulher

• uso forças renováveis

• pró-OTAN

• apoio à Ucrânia

2. Fratelli d'Italia: De extrema direita, fundado no ano 2014, com orientamento nacionalista e conservador. As temáticas mais importantes para este partido são:

• contraste à imigração

• eurocepticismo (vontade de sair da União Europeia)

• posições conservadoras sobre os direitos civis

• abolição da tortura

• pró energia nuclear e usina de resíduos para energia

• apoio à Ucrânia

• pró-OTAN

• pró flat tax

3. Lega per Salvini Premier: De extrema direita, fundado em 2017, com orientamento soberanista e populista conservador. As temáticas mais importantes para este partido são:

• contraste à imigração

• eurocepticismo

• posições conservadoras sobre os direitos civis

• pró-OTAN

• pró flat tax

• pró energia nuclear e usina de resíduos para energia

4. Italia Viva e Azione: Partidos de centro fundados no ano 2019, com orientamento liberalista social. As temáticas mais importantes para este partido são:

• europeismo

• posições progressistas sobre os direitos civis

• continuação de Draghi

• transição ecológica

• pró fontes nucleares e renováveis

• pró-OTAN

5. M5S (Movimento 5 stelle): partido transversal fundado no ano 2009, com orientamento populista antiliberal. As temáticas mais importantes para este partido são:

• posições progressistas sobre os direitos civis

• renda básica

• pró fontes renováveis

• ajuda as empresas e as famílias

• instauração salário minimo (que não existe na Italia)

• interromper o envio de armas à Ucrania

Veja aqui o post original do Factanza que inspirour essa publicação.